Quem diria… Hoje completo oito meses longe de casa. Justamente eu que busco por uma vida melhor, no fundo acreditava que não suportaria três meses, e aqui estou.
Foram longos meses e até hoje lembro dos olhares tristes dos meus pais, do abraço forte do meu irmão, das lágrimas de minhas amigas na despedida, os votos de boa sorte, aqueles instantes colocaram à prova o meu desejo de sair de casa. Eu tive muito medo de sair do meu lar, mas eu sentia que não poderia desistir. Doze horas depois, estava em Maringá, atordoada pelo “até logo” do dia anterior misturado ao deslumbramento de uma vida diferente.
Neste período, eu conheci pessoas legais, que me divertem muito, que se tornaram especiais. Vivi momentos alegres em passeios, viagens, festas, churrascos regados a música, romances. Em contrapartida, chorava de saudade, constantemente fazia comparações com a vida que eu tinha, tive de lidar com pessoas de má índole, bandido, fofocas, intrigas, medo, insegurança, e quando coisas ruins aconteciam, eu me deparava com a realidade de que eu não tinha o colo dos meus pais ou das minhas amigas para um longo desabafo ou mera reclamação. Sei também que perderei momentos interessantes ao lado das pessoas que deixei em Jaboticabal (SP), mas espero que elas compreendam que a minha mudança tem boas intenções.
Aprendi muitas coisas também. A ter controle financeiro, cozinhar, ser mais ponderada, e principalmente a ter fé e conhecer a religião mais intimamente. Mas também, vi que a carência que me domina em certos momentos me deixa vulnerável e assim, acabo me machucando, me decepcionando às vezes. Porém, todas essas coisas boas e más tiveram um forte propósito: tornei-me uma mulher mais forte e corajosa, algo que jamais poderia imaginar que seria um dia e de tamanha intensidade. Passei por inúmeras situações, pensei em desistir por diversas vezes e continuo aqui, mantendo o foco.
Mergulhada em pensamentos e orações, notei que tenho muito que trilhar e que eu estava certa de que eu poderia vivenciar períodos difíceis e dolorosos, além da saudade que dilacera meu coração. E até me adaptar a esta nova realidade, “muita água irá rolar”.
A vida é ciclo contínuo, pessoas simplesmente passarão por mim, outras ficarão, deixarão marcas e feridas, e meu foco para alcançar meu objetivo permanecerá com a consciência de que as pessoas que tanto amo e que me apóiam a distanciam, estarão na torcida e vibrarão a cada vitória. Isso me fortalece e me inspira.
Além de me estabilizar profissionalmente, quero e muito, encontrar alguém que me faça feliz, que seja meu parceiro, cúmplice e amigo, que sinta desejo e admiração por mim. Assim como eu quero ser ao lado desse homem que tanto espero.
Que venham os próximos meses, cheios de coisas novas e de momentos felizes e repletos de amor. E que a cada regresso para visitar minha família, sejam únicos e tão mágicos como são a cada telefonema, e-mail e até mesmo no Messenger, pois eu sei o quanto emanam boas vibrações e sentimentos puros, que me enchem de alegria.
Até o próximo post!
Crédito da imagem: Baixaki
2 comentários:
eu sempre te disse q viver fora de casa faz frio, pq n tem o calor da familia.mas tras coisas boas também o amadurecimento, a vontade de vencer, o aprendizado,ter força de vontade p nunca deixar a peteca cair. tudo isto te eleva. vc é uma guerreira, uma jovem q luta e vai vencer,quem n tem tropeço na vida, se tudo q vc sonha fosse facil q graça teria. mas a´fé em DEUS e no CRISTO nos dá força.parabéns pela sua vitoria vc consegui com dificuldades uma grande vitoria viver tão distante da familia, que a dor p ambos é doida, mas a vontade vencer e maior e da familia ve-la vencer nos anima.daqui alguns meses vc diraEU SOFRI LUTEI E VENCI GRAÇAS A DEUS te amamos e queremos seu bem seja feliz.
SINCERAMENTE ESPERO NAO TER SIDO UM DE SEUS MOMENTOS TRISTES... MARCOS
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