segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Simplesmente eu: Ana Paula

Eu já dei risada até a barriga doer, já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado. Fiz cócegas no meu irmão (quando ele era apenas um pirralho), só pra ele parar de chorar.

Já passei trote por telefone, sempre tive a enorme vontade de tomar banho de chuva, feito uma criança inconsequente.

Também fiz confissões antes de dormir, num quarto escuro pra melhor amiga. Já confundi sentimentos. Raspei o fundo da panela do meu doce favorito. Chorei ouvindo música e mudei várias vezes de cabelo.

Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer. Já chorei sentada no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre e voltei no outro instante (principalmente quando queria morar com a minha avó).

Já sai pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, já fiquei sozinha no meio de milhares de pessoas sentindo falta de uma só. Vi o pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, me joguei na piscina sem vontade de voltar, olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, tremi de nervoso, quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Uma vez aconteceu de acordar no meio da noite e fiquei com medo de levantar, dei vários gritos de felicidade, bem como, liguei o som alto do Whiskamóvel e sai cantanto feito louca.

Me apaixonei diversas vezes e, achei que era pra sempre, mas era um "para sempre" pela metade, chorei muito por ver amigos partindo, mas descobri que a vida é mesmo um ir e vir sem razão.

Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados em um baú chamado coração. Mas, ainda há muitas coisas a fazer, a sentir e a compartilhar, e quem sabe um dia o príncipe do cavalo branco me fará vivenciar tantas coisas...

Tento me rotular, tento encontrar meu verdadeiro eu, mas este “eu” está cada vez mais longe de ser encontrado. Tudo bem que nada acontece por acaso, e muito menos, nada surge sem um propósito. Então, eu sai de casa e descobri que “o que nós fazemos em busca de algo, é a chave para descobrir quem e o que somos na verdade”. Portanto, eu descobri que sou apenas eu: Uma mulher que gosta do impossível, tem medo do provável, que vive rindo do ridículo e que chora porque tem vontade, mas nem sempre tem motivo. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.

Tenho um sorriso confiante que, às vezes não demonstra o tanto de insegurança há por trás dele. Sou inconstante e talvez imprevisível, para poucas pessoas dou alguma explicação. Amo estar rodeada de amigos, mas às vezes, sinto necessidade do isolamento. Sou do tipo que faz tudo para valer a pena e que em alguns momentos dorme arrependida, bem como há situações que acorda com vontade e, principalmente, luto por meus objetivos sem passar por cima de ninguém, pois eu sou das raras pessoas que ainda acredita na humanidade.

(texto adaptado com minhas verdades / foto antiga) 

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei de seus blogs e gostaria de fazer contato por e-mail se possível é claro!rs
O meu e-mail é drikacoelho32@hotmail.com

Forte abraço e sucesso sempre!