Mudanças...

Um belo dia acordei e decidi mudar de vida. Ser uma mulher independente, uma ótima profissional, motivo de orgulho dos meus pais, familiares e amigos. O primeiro passo: Fazer faculdade – Profissão Jornalista.

Mesmo diante de várias dificuldades, eu jamais me arrependi desta escolha. É uma profissão fascinante, desafiadora, enfim, não há palavras para definir tudo aquilo que sinto diante de um mundo de investigações, análises e contatos…

Vivi por 27 anos em Jaboticabal - SP, que por algum tempo exerci minha função de informar as pessoas, e posso afirmar o quanto eu sou grata pelas oportunidades que tive, principalmente por tentar mostrar a minha ótica sem expressões subjetivas para os leitores de minha terra natal.

Porém, eu queria mais. Eu sentia a necessidade de viver novas experiências, conhecer novas pessoas em um local que pudesse me proporcionar fortes emoções. O segundo passo foi decidir para onde eu iria, pois no fundo, eu precisava descobrir quem eu queria ser sem a interferência de alguém. Então, surgiu a chance de morar no município de Maringá – PR.

Fui recepcionada por duas pessoas incríveis, de personalidades surpreendentes e até o momento busco palavras, ações para tentar agradecê-las. Por intermédio de duas mulheres com quem convivo (Islaine e Louise), tenho a chance de conhecer novas pessoas que também me acolheram neste mundo novo que vivo.

Não tenho condições de citar todos os nomes das pessoas encantadoras que conheci, mas cada uma, a seu modo soube me cativar e amenizar este coração machucado de tanta saudade de casa.

É… A saudade machuca mesmo. Quando estou sozinha, ou até mesmo quando estou presenciando alguma situação que me faz recordar algo que deixei para desbravar este mundo novo, a vontade é de gritar a todos o quanto está sendo difícil aprender a lidar com tal condição. Sinto falta dos meus pais tão amados, do jeito diferente de ser do meu irmão, das minhas amigas e até mesmo da convivência diária do meu emprego anterior (isso inclui patrões e seus familiares, colegas de trabalho – que se transformaram em pessoas mais que especiais – algumas fontes de informação também se encaixam nestas palavras). Mas, eu não estaria aqui e resistindo a esta nova jornada se não fosse o apoio daqueles que me trouxeram ao mundo: meus pais – Ariovaldo e Edna.

Há quem diga que deixei para trás em busca deste sonho, um amor. Hoje, posso afirmar que tanto sentimento são apenas recordações de um tempo mágico de descobertas, alegrias, prazeres incontroláveis de um casal que soube ser feliz durante o período que durou. E digo mais: Pode passar anos, eu sempre o levarei comigo, seu cheiro, seu gosto, seu riso, seus conselhos e sua promessa de amor eterno, mas são somente lembranças carinhosas, pois hoje, meu foco é a profissão, mesmo ciente de que neste processo pode aparecer alguém que me faça perder o chão, sentir frio na barriga, mas também, que seja companheiro acima de tudo.

Enquanto isso não acontece, eu continuarei em busca das metas que tracei quando me decidi viver distante de casa, nesta cidade linda chamada Maringá.